Marquês de Maricá: Homem (página 3)

“É felicidade para os homens que cada um deles a defina a seu modo com variedade, na sua essência e objectos.”

“Os homens enganam-se miseravelmente quando esperam encontrar a sua felicidade, mais na forma dos seus governos que na reforma dos seus costumes.”

“A civilidade é uma impostura indispensável, quando os homens não têm as virtudes que ela afecta, mas os vícios que dissimula.”

“É tal a incapacidade pessoal de alguns homens, que a fortuna, empenhada em sublimá-los, não pode conseguir o seu propósito.”

“Os homens de pouca inteligência não sabem encarecer a própria capacidade sem rebaixar a dos outros.”

“O homem que não é indulgente com os outros, ainda não se conhece a si próprio.”

“Saber viver com os homens é uma arte de tanta dificuldade que muita gente morre sem a ter compreendido.”

“A intemperança da língua não é menos funesta para os homens que a da gula.”

“Os homens de bem perdem e empobrecem nos mesmos empregos em que os velhacos ganham e se enriquecem.”

“Nenhum governo é bom para os homens maus.”

“É fácil governar os homens pelo terror; mas é difícil fazê-lo por muito tempo e impunemente.”

“Os homens mais respeitados não são sempre os mais respeitáveis.”

“Há muitos homens reputados infelizes na nossa opinião, que todavia são felizes a seu modo, segundo as suas ideias.”

“Na admissão de uma opinião ou doutrina, os homens consultam primeiramente o seu interesse, e depois a razão ou a justiça, se lhes sobeja tempo.”

“Dizer-se de um homem que tem juízo é o maior elogio que se lhe pode fazer.”

“A moderação em muitos homens é o reconhecimento da própria fraqueza ou mediocridade.”

“Governar ou conspirar, ou governar conspirando é infelizmente a vocação fatal e invencível de muitos homens ambiciosos.”

“Na mocidade buscamos as companhias, na velhice evitamo-las: nesta idade conhecemos melhor os homens e as coisas.”

“Não há verdadeiro heroísmo sem religião, ela só é capaz pelo incentivo de um prêmio eterno de persuadir aos homens os maiores sacrifícios dos bens deste mundo e da própria vida.”