Mário Quintana: Citações em tendência (página 9)

“A ironia atinge apenas a inteligência. Inútil desperdiçá-la com os que estão longe do seu alcance. Contra estes ainda não se conseguiu inventar nenhuma arma. A burrice é invencível.”

“Cada poema é uma garrafa de náufrago jogada às águas… Quem a encontra, salva-se a si mesmo.”

“Sinônimos
Confesso que até hoje só conheci dois sinônimos perfeitos: "nunca" e "sempre.”

“O despertador é um acidente de tráfego de sono.”

“Com o tempo não vamos ficando sozinhos apenas pelos que se foram: vamos ficando sozinhos uns dos outros.”

“Quiseste expor teu coração a nu. E assim, ouvi-lhe todo o amor alheio. Ah, pobre amigo, nunca saibas tu Como é ridículo o amor… alheio!”

“Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?”

“Vento: Pastor das nuvens.”

“Nossa alma incapaz e pequenina Mais complacências que irrisão merece. Se ninguém é tão bom quanto imagina, Também não é tão mau como parece.”

“Às vezes tudo se ilumina de uma intensa irrealidade E é como se agora este pobre, este único, este efêmero instante do mundo Estivesse pintado numa tela, Sempre…”

“Sonhar é acordar-se para dentro.”

“Da amizade entre as mulheres Dizem-se amigas… Beijam-se… Mas qual! Haverá quem nisso creia! Salvo se uma das duas, por sinal, For muito velha, ou muito feia…”

“Quando guri, eu tinha de me calar, à mesa: só as pessoas grandes falavam. Agora, depois de adulto, tenho de ficar calado para as crianças falarem.”

“Não tenho vergonha de dizer que estou triste, Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas: Estou triste por que vocês são burros e feios E não morrem nunca…”

“É sem razão, e é sem merecimento, Que a gente a sorte maldiz: Quanto a mim, sempre odiei o sofrimento, Mas nunca soube ser feliz…”

“Poesia é comunicação… a sós.”

“Procures me amar quando menos mereço, pois é quando mais preciso”

“Esquece todos os poemas que fizeste. Que cada poema seja o número um.”

“Por mais raro que seja, ou mais antigo,
Só um vinho é deveras excelente:
Aquele que tu bebes calmamente
Com o teu mais velho e silencioso amigo…”