Manoel de Barros: Citações em tendência

“A minha independência tem algemas.”

“Tenho o privilégio de não saber quase tudo.”

“Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito.”

“Cresci brincando no chão, entre formigas. De uma infância livre e sem comparamentos. Eu tinha mais comunhão com as coisas do que comparação.”

“Liberdade busca jeito. Sou água que corre entre pedras. Quem anda no trilho é trem de ferro”

“Quando meus olhos estão sujos da civilização, cresce por dentro deles um desejo de árvores e aves.”

“Quando o mundo abandonar o meu olho. Quando o meu olho furado de beleza for esquecido pelo mundo. Que hei de fazer.”

“Deixei uma ave me amanhecer.”

“Sei que os meus desenhos verbais nada significam. Nada. Mas se o nada desaparecer a poesia acaba. Eu sei. Sobre o nada eu
tenho profundidades.”

“O mundo não foi feito em alfabeto. Senão que primeiro em água e luz. Depois árvore.”

“(…) E aquele
Que não morou nunca em seus próprios abismos
Nem andou em promiscuidade com os seus fantasmas
Não foi marcado. Não será marcado. Nunca será exposto
Às fraquezas, ao desalento, ao amor, ao poema.”

“Sou fuga para flauta de pedra doce. A poesia me desbrava. Com águas me alinhavo?”

“Aqui de cima do telhado a lua prateava”

“Poeta é um ente que lambe as palavras e depois se alucina”

“Guarda num velho baú seus instrumentos de trabalho 1 abridor de amanhecer 1 prego que farfalha 1 encolhedor de rios -e 1 esticador de horizontes”

“Agora eu penso uma garça branca de brejo ser mais linda que uma nave espacial. Peço desculpas por cometer essa verdade.”

“A inércia é o meu ato principal.”

“Escrever nem uma coisa Nem outra - A fim de dizer todas - Ou, pelo menos, nenhumas. Assim, Ao poeta faz bem Desexplicar - Tanto quanto escurecer acende os vaga-lumes.”

“Poesia não é para compreender mas para incorporar Entender é parede: procure ser árvore.”