Frases de Louis-ferdinand Céline

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“Estar sozinho é treinarmo-nos para a morte.”

“Tudo se expia, tanto o bem como o mal, cedo ou tarde se pagam. O bem é mais caro, forçosamente.”

“Ser médico é uma tarefa ingrata. Quando é pago pelos ricos, corre o risco de ser considerado como um criado, quando é pago pelos pobres, um ladrão.”

“Confiar nos homens é já deixar-se matar um pouco.”

“O ventre das mulheres contém sempre uma criança ou uma doença.”

“Há várias maneiras de ser condenado à morte. Ah! o que eu não daria naquele momento para estar na prisão ao invés de estar ali, eu, cretino! Para ter, por exemplo, quando era tão fácil, previsível, roubado alguma coisa, em algum lugar, quando ainda era tempo. A gente não pensa em nada! Da prisão a gente sai vivo, da guerra não. O resto é lero-lero.

Se pelo menos eu ainda tivesse tempo, mas não tinha mais! Não havia mais nada pra roubar! Como seria agradável uma prisãozinha sossegada, é o que pensava, por onde as balas não passassem! Não passam nunca! Eu conhecia uma prontinha, ao sol, bem protegida! Um sonho, a de Saint-Germain, mais exatamente, tão perto da floresta, eu a conhecia bem, volta e meia passava por lá, antigamente. Como mudamos! Na época eu era uma criança, ela me metia medo, a prisão. É que eu não conhecia os homens. Nunca mais acreditarei no que dizem, no que pensam. É dos homens e só deles que se deve ter medo, sempre.”

“Agora, eu ia arrastado, nesta fuga em massa, para a morte em comum, para o fogo… Isto vinha das profundezas mais recônditas e tinha acontecido.”

“(…) Breve estaríamos em plena tempestade e o que procurávamos não ver estaria então bem diante de nós e nada mais poderíamos ver a não ser ela: nossa própria morte.
A noite, da qual nos primeiros tempos tivemos tanto medo, tornava-se, em comparação, bastante suave. Acabávamos por esperá-la, desejá-la, a noite. Atiravam em nós mais facilmente de dia do que de noite. E era só essa diferença que contava.
É difícil chegar ao essencial, mesmo no que diz respeito à guerra, a fantasia resiste muito tempo.”

“Nos dias de hoje, ainda me acontece encontrar Musyne, casualmente, a cada dois anos ou quase, tal como a maioria das criaturas que no passado conhecemos muito bem. É o prazo de que precisamos, dois anos, para nos darmos conta, com uma só olhada, mas essa aí inenganável, como o instinto, das feiuras que um rosto, ainda que delicioso em seu tempo, acumulou.
Ficamos como que hesitantes um instante à sua frente, e depois findamos por aceitá-lo tal como ele ficou, o rosto, com essa desarmonia crescente, abjeta, de todo o conjunto. Temos de dizer sim a essa cuidadosa e lenta caricatura burilada por dois anos. Aceitar o tempo, esse quadro de nós. Podemos então dizer que nos reconhecemos inteiramente (como uma nota de dinheiro estrangeira que hesitamos em pegar à primeira vista), que não nos enganamos de caminho, que de fato seguimos a verdadeira estrada, sem nos termos consertado, a infalível estrada durante mais dois anos, a estrada da podridão. E é só isso.”

“Se não és rico faz com que pareças sempre útil.”

“Quanto à beleza, pelo menos sabemos que acaba por morrer, e por isso, sabemos que existe.”

“A alma é a vaidade e o prazer do corpo são.”

“O amor é o infinito ao alcance dos 'caniches'.”

“Quando não se tem imaginação morrer é pouca coisa, quando se tem, morrer é demasiado.”

“Não existe vaidade inteligente.”

“Voltei só para mim mesmo, muito contente de ser ainda mais infeliz do que fora, porque trouxera para a minha solidão uma nova forma de angústia e qualquer coisa que se parecia a sentimento verdadeiro.”

“É talvez isto que nós buscamos através da vida, nada mais do que isto, um grande desgosto possível para sermos nós próprios antes de morrermos.”

“Acreditava no corpo dela, não acreditava no seu espírito. Considerava-a como uma encantadora emboscada, em relação à guerra e em relação à vida.”

“Poucos seres têm ainda um pouco depois dos vinte anos essa afeição fácil, a dos animais. O mundo não é o que a gente julgava! Eis tudo! Então mudamos de cara! Porque nos tínhamos enganado! É o que nos ficou depois dos vinte anos! Um engano! A nossa cara não é senão um engano.”

“Não é porque ela fosse feia, não, ela poderia mesmo ser considerada bonita, como tantas outras, mas era tão prudente, tão desconfiada que parava à margem da sua beleza, como à margem da vida.”

“troubles are as endless as pleasures are brief…”

“We've no use for intellectuals in this outfit. What we need is chimpanzees. Let me give you a word of advice: never say a word to us about being intelligent. We will think for you, my friend. Don't forget it.”

“There is no rest for the humble except in despising the great, whose only thought of the people is inspired by self-interest or sadism.”

“Life must go on, even if it's no joke… just pretend to believe in the future.”

“only a complete alcoholic can think life is funny… any life!…”

“In circumstances of real tragedy you see things straight away… past, present, and future together.”

“To philosophize is only another way of being afraid and leads hardly anywhere but to cowardly make-believe.”

“And where, I ask you, can a man escape to, when he hasn’t enough madness left inside him? The truth is an endless death agony. The truth is death. You have to choose: death or lies. I’ve never been able to kill myself.”

“The rich don't have to kill to eat. They employ people, as they call it. The rich don't do evil themselves. They pay. People do all they can to please them, and everybody's happy.”

“It is in the United States that one may better see, if one has the taste for it, the vast Jewish panic, the mad anguish that strangles, the camouflaged arrogance, at the slightest evocation of a possibility of their regulation for the general world-wide good.”

“The natives, by and large, had to be driven to work with clubs, they preserved that much dignity, whereas the whites, perfected by public education, worked of their own free will.”

“(Lola): Only mad men and cowards refuse to go to the war, when their homeland is in danger! - (Bardamu): So, hurrah for the mad men and the cowards!”

“The biggest defeat in every department of life is to forget, especially the things that have done you in, and to die without realizing how far people can go in the way of crumminess. When the grave lies open before us, let’s not try to be witty, but record the worst of human viciousness we’ve seen without changing one word. When that’s done, we can curl up our toes and sink into the pit. That’s work enough for a lifetime.”

“The three radios, the six cars, the four refrigerators, the seven telephones in each of the 300,000 Jewish households, and the super-television!”

“The rich are inebriate in another way and cannot contrive to grasp these frenzied longings for security. To be rich is another form of intoxication: it spells forgetfulness. In fact, that is what one wants riches for: to forget.”

“Our French Republic is no more than a great gullet swallowing the negroizing of the French at the command of the Jews. Our governors are a clique of sadistic yids and yellow-bellied masons sworn to swallow us up, to bastardize us further, to boil us down by all the grotesque, primitive means of inter-mixture, part negro, part yellow, part white, part red, part monkey, part Jewish, part everything.”

“And the music came back with the carnival, the music you've heard as far back as you can remember, ever since you were little, that's always playing somewhere, in some corner of the city, in little country towns, wherever poor people go and sit at the end of the week to figure out what's become of them, sometimes here, sometimes there, from season to season, it tinkles and grinds out the tunes that rich people danced to the year before. It's the mechanical music that floats down from the wooden horses, from the cars that aren't cars anymore, from the railways that aren't at all scenic, from the platform under the wrestler who hasn't any muscles and doesn't come from Marseille, from the beardless lady, the magician who's a butter-fingered jerk, the organ that's not made of gold, the shooting gallery with the empty eggs. It's the carnival made to delude the weekend crowd. We go in and drink the beer with no head on it. But under the cardboard trees the stink of the waiter's breath is real. And the change he gives you has several peculiar coins in it, so peculiar that you go on examining them for weeks and weeks and finally, with considerable difficulty, palm them off on some beggar. What do you expect at the carnival? Gotta have what fun you can between hunger and jail, and take things as they come. No sense complaining, we're sitting down aren't we? Which ain't to be sneezed at. I saw the same old Gallery of the Nations, the one Lola caught sight of years and years ago on that avenue in the park of Saint-Cloud. You always see things again at carnivals, they revive the joy of past carnivals. Over the years the crowds must have come back time and again to stroll on the main avenue of the park of Saint-Cloud…taking it easy. The war had been over long ago. And say I wonder if that shooting gallery still belonged to the same owner? Had he come back alive from the war? I take an interest in everything. Those are the same targets, but in addition, they're shooting at airplanes now. Novelty. Progress. Fashion. The wedding was still there, the soldier too, and the town hall with its flag. Plus a few more things to shoot at than before.”

“You pin-heads, you have not understood in communism its admirable, instantaneous manner of appeasing all your ruined tax-payer grudges ferociously, in the name of a new purity, a non-existent proletarian virtue, you deceived jackals. Your intimate personal plan won't wash. I am well acquainted with you.”

“I cannot refrain from doubting that there exist other genuine realizations of our deepest character than war and illness, those two infinities of nightmare. [39]”

“The one thing any of us really cared about was living for one more hour, one more hour is a big deal in a world where everything has reduced itself to murder.”

“Hate gave birth to the slang; Slang (‘argot’) exists not anymore.”

“The one who talks about the future is a rascal. The present is the only thing that matters. To invoke one’s posterity is to make a speech to maggots.”

“Everything interesting takes place in the dark; there is no doubt about it. We know nothing of the true story of the men.”

“I should be able to get the alligators to dance to the tune of the pan pipe.”

“The judeo-Americans are notorious idiots, bellylanding in foolishness: look at Roosevelt, Otto Khan, Morgenthau, Filene, Barush, Rosenthal…Observe these cunts.”

“We are, by nature, so futile that distraction alone can prevent us from dying altogether.”

“I should give all the works of Baudelaire for a female Olympic swimmer.”

“Your system of producing wealth, factories, mines, cooperatives will fall apart, like everything else, under the attacks of the people, in the delirious, popular boulimia.”

“You can be a virgin in horror the same as in sex.”