Eça de Queiroz: Citações em tendência (página 6)

“Não se descuide de ser alegre - só a alegria dá alma e luz à Ironia, à Santa Ironia - que sem ela não é mais que uma amargura vazia.”

“Aqui importa-se tudo. Leis, ideias, filosofias, teorias, assuntos, estéticas, ciências, estilo, indústrias, modas, maneiras, pilhérias, tudo vem em caixotes pelo paquete. A civilização custa-nos caríssimo, com os direitos de Alfândega: e é em segunda mão, não foi feita para nós, fica-nos curta nas mangas…”

“Ser espirituoso é metade de ser diplomata.”

“Curiosidade: instinto que leva alguns a olhar pelo buraco da fechadura, e outros a descobrir a América.”

“Os políticos e a as fraldas são semelhantes, possuem o mesmo conteúdo”

“Chorai!, chorai! Enquanto a mim, a dor sufoca-me.”

“A curiosidade, instinto de complexidade infinita, leva por um lado a escutar atrás das portas e por outro a descobrir a América.”

“Em arte, a copiosa, exuberante, luxuosa e florida fantasia cansa, esquece e passa - e só há eternidade para a beleza pura e simples.”

“O apreço exterior pela arte é a sobrecasaca da inteligência.”

“O amor por si só é decerto uma companhia - mas não chega à companhia daquela que se ama.”

“Reconstruir é sempre inventar.”

“Ser bacharel - uma qualidade que se exige para tudo, e que se não respeita para coisa nenhuma.”

“Na arte só têm importância os que criam almas, e não os que reproduzem costumes.”

“A arte idealista esquece que há no homem - nervos, fatalidades hereditárias, sujeições às influências determinantes de hora, alimento, atmosfera, etc.; irresistíveis «teimas» físicas, tendências de carnalidade fatais; resultantes lógicas de educação; acções determinantes ao meio, etc., etc.”

“O verdadeiro comércio inspira virtudes próprias: a economia, a boa-fé, a exactidão, a ordem e actividade leal.”

“O Brasileiro é o Português - dilatado pelo calor.”

“A canção, expressão da melancolia, do amor, do entusiasmo, só morrerá se estes sentimentos morrerem; ela é, como o suspiro, como o grito, um dos movimentos naturais da alma.”

“Eu não sou um moralista: sou um artista; o artista é um ser nefasto - que não é responsável pelas suas fantasias, nem pelas suas vinganças.”

“Nas nossas democracias a ânsia da maioria dos mortais é alcançar em sete linhas o louvor do jornal. Para se conquistarem essas sete linhas benditas, os homens praticam todas as ações - mesmo as boas.”