Frases de Tony Duvert

Tony Duvert foi um escritor e filósofo francês.

A temática da sua obra concentra-se na pedofilia homossexual, na infância e na crítica à família e à educação sexual na sociedade burguesa contemporânea. Na década de 1970, a liberação sexual e as novas abordagens em relação à sexualidade infantil permitiram que Duvert se expressasse publicamente. No entanto, na década de 1980, quando as leis foram alteradas, sua audiência diminuiu. Duvert passou a ser ignorado, sentindo-se então frustrado e oprimido.

Conhecido por sua assumida pedofilia, Duvert defendia o que chamava "o direito das crianças a dispor de sua livre sexualidade". Wikipedia  

✵ 2. Julho 1945 – 2. Julho 2008
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Tony Duvert Frases famosas

“Proteger as crianças contra o sexo —començando pelo delas, que é destruído— é o álibi que a direita invoca de entrada em vários países da Europa para infestar a sociedade, para tomar o controle das vidas privadas, dos impressos, das imagens, das manifestações públicas, das iniciativas em que participam menores, para reinar através da suspeita, da denúncia, da investigação generalizada, para inspeccionar com qualquer pretexto, para isolar do mundo as crianças, para perseguir as liberdades que ela não pode suprimir.”

A direita tira proveito assim de uma grave debilidade dos progressistas, que não têm a coragem de renovar os hábitos, nem a imaginação de criar para as crianças, conforme o sexo delas, um estatus social que lhes forneça o direito a um pensamento pessoal e a uma vida privada.
Mas é que há um político, um intelectual «de esquerda», que veja na criança algo mais do que um bichinho de idade e sexo indeterminados, um pouco enternecedor, um pouco chato, que deva ser confiado, com toda justificação, às senhoras e aos eunucos, esperando que se pareça com seu pai?
Os conservadores, os moralistas hipócritas, os riquíssimos lobbies confessionais, têm-se apoderarado livremente de toda a infância. Os obscurantistas conquistaram o direito exclusivo de formar as condutas. Assim cresce o eleitorado da direita que amanhã reinará, e que vai se chamar, adivinamos, socialista, européia e nacional...
A peste negra regressa. Estende-se diante da mesma indiferença que há sessenta anos. Com a cumplicidade da esquerda e da intelligentsia, que ofuscam o seu próprio puritanismo e o seu incomensurável desprezo para os «menores», ela é um neonazismo cada vez menos escondido e um cristianismo assassino que se unem contra o homem, e que vão impor a sua ideologia bestial à juventude de dois continentes sem encontrar obstáculos.
Protéger les enfants contre le sexe — à commencer par le leur, qu’on détruit — est l’alibi que la droite invoque déjà dans plusieurs pays d’Europe pour infester la société, reprendre le contrôle des vies privées, des imprimés, des images, des propos publics, des initiatives impliquant des mineurs, régner par le soupçon, la dénonciation, l’enquête générale, perquisitionner à tout prétexte, déporter les enfants à l’écart du monde, harceler les libertés qu’elle ne peut pas abolir. La droite met ainsi à profit une faiblesse capitale des progressistes, qui n’ont eu ni le courage de réformer le minorat, ni l’imagination de créer pour les enfants, chacun selon son sexe, un statut social qui leur ménage le droit à une pensée personnelle et à une vie privée.
Mais y a-t-il un politique, un intellectuel « de gauche » qui voie dans l’enfant mieux qu’une bestiole d’âge et de sexe indéterminés, un peu attendrissante, un peu encombrante, qu’on a bien raison de confier aux dames et aux eunuques en attendant qu’elle ressemble à papa ?
Les conservateurs, les pudibonds, les richissimes lobbies confessionnels ont fait librement main basse sur toute l’enfance ; les obscurantistes ont conquis le droit exclusif de former les comportements ; ainsi grandit l’électorat de la droite qui règnera demain, et dont on devine qu’elle s’appellera socialiste, européenne et nationale…
La peste brune réapparaît. Elle s’épanouit dans la même indifférence qu’il y a soixante ans. Avec la complicité des gauches et d’une intelligentsia qu’aveuglent leur propre puritanisme et leur incommensurable mépris des « mineurs », c’est un néo-nazisme de moins en moins caché et un christianisme assassin qui s’unissent contre l’homme, et qui vont infliger leur idéologie bestiale à la jeunesse de deux continents sans rencontrer d’obstacles.
O sexo bem comportado (1973), Abécédaire malveillant (1980)

“Não há um instinto materno. Ante uma criança, as mulheres têm as mesmas necessidades que ante um homem: elas querem comprazer-se.”

Manipulam a criança para obter reações gratificantes, ser obedecidas, ser acariciadas, ser provadas. E depois, já satisfeitas, elas grunhem, batem e se se pavoneam.
Il n'y a pas d'instinct maternel. Devant un enfant, les femmes ont le même besoin que devant un mâle: elles veulent se plaire.
Elles manipulent l'enfant pour en obtenir des réactions valorisantes, être obéies, être caressées, être prouvées. Puis, leur plaisir pris, elles grognent, tapent, se rengorgent.
O sexo bem comportado (1973), Abécédaire malveillant (1980)

“Há fazedores de chuva porque chove.”

O sexo bem comportado (1973), Abécédaire malveillant (1980)

“Se um cão caga no lugar adequado da calçada adequada, mil solas por dia plebiscitam a sua merda. O sonho de todos os escritores.”

Você leu o best-seller de X…?
Não, mas por pouco não piso ele.
Si un chien chie au bon endroit du bon trottoir, mille semelles par jour plébiscitent son étron. Rêve de tous les auteurs.
Vous avez lu le best-seller de X…?
Non, mais j’ai failli marcher dedans.
O sexo bem comportado (1973), Abécédaire malveillant (1980)