Padre Antônio Vieira: Citações em tendência (página 9)

“Um grande delito muitas vezes achou piedade; um grande merecimento nunca lhe faltou a inveja.”

“Nenhum segue mais leis que as da conveniência própria. Imaginar o contrário é querer emendar o mundo, negar a experiência e esperar impossíveis.”

“Nenhuma coisa deste mundo pára ou permanece, todas passam.”

“E assim como não há mármore nem bronze tão duro que, ferido do raio do sol, não responda ao mesmo sol com a reflexão do seu raio, assim não há coração tão de mármore na dureza, e tão de bronze na resistência, que, prevenido no amor, o não redobre e corresponda com outro.”

“O mal não está em ser tentado, está em ser vencido.”

“As lágrimas são o mais vivo do sentimento, porque são o destilado da dor; são o mais encarecido dos louvores, porque são o preço da estimação; são o mais efetivo da consolação, porque são o alívio da natureza.”

“Pior é uma verdade diminuída que uma mentira muito declarada.”

“As cidades com ferro se defendem e não com ouro.”

“Meditar não é outra coisa que cuidar um homem no que lhe importa ou deseja e nenhum há que não medite.”

“Três mais há neste mundo pelos quais anelam, pelos quais morrem e pelos quais matam os homens: mais fazenda; mais honra; mais vida.”

“Enquanto Portugal teve homens de havemos de fazer (que sempre os teve) não tivemos liberdade, não tivemos reino, não tivemos coroa. Mas tanto que tivemos homens de quid facimus (que fazemos), logo tivemos tudo.”

“Porque importa pouco o ter tomado, se se não conservar o que se tomou.”

“Como na guerra não há coisa mais para estimar que o vencer, assim não há outra mais para temer que a mesma vitória.”

“Nenhuma coisa se pode prometer à natureza humana mais conforme a seu maior apetite, nem mais superior a toda a sua capacidade, que a notícia dos tempos e sucessos futuros.”

“Só no que sobeja se segura o que basta.”

“O amor fino não busca causa nem fruto. E não pode haver mais fino nem mais provado amor que aquele que entrega o coração e fecha os olhos. Entregar o coração com os olhos abertos é querer a vista por prémio do amor; entregar o coração com os olhos fechados é não querer no amor nem o prémio da vista.”

“Os brutos distinguem-se dos homens, em que os homens se governam pelo entendimento, e os brutos pelos sentidos.”

“A primeira vitória para alcançar outras muitas é sujeitar o juízo próprio, quem não é sujeito ao mando alheio.”

“Tem o interesse olhos de multiplicar, ou as dignidades a que anela, ou as riquezas a que aspira, parecendo-lhe sempre mais do que são, porque estão inficcionados com o achaque da cobiça.”