Padre Antônio Vieira: Citações em tendência (página 16)

“A vida de um homem compõe-se de muitas idades, e o que acontece em qualquer destas idades se diz com toda a propriedade e verdade que acontece nos dias daquele homem.”

“Não ver nada, é privação; ver uma coisa por outra é erro.”

“Nenhum segredo é segredo perfeito, senão o que passa a ser ignorância, porque o segredo que se sabe, pode-se dizer, o que se ignora, não se pode manifestar.”

“O melhor modo de pedir é agradecer.”

“Quem busca o desengano tarde, não se desengana.”

“Aos humildes a demasiada honra mais os embaraça do que os melhora.”

“Mais temo eu a Portugal os perigos da opulência, que os danos da necessidade.”

“Não creio nem crerei nunca a quem pode o que quer enquanto não quiser o que pode.”

“Neste mundo conturbado, quem tem muito dinheiro, por mais inepto que seja, tem talento e préstimos para tudo; quem não tem dinheiro, por mais talento que tenha, não presta para nada.”

“Sendo a glória o fim e a graça o meio de a conseguir, antepor a graça à glória e o meio ao fim, não só parece dissonância, senão desordem manifesta.”

“A esperança satisfaz-se com a medida do que se espera.”

“Em nenhuma parte tanto como em Portugal se gasta tanto papel, ou se gasta tanto em papéis.”

“O uso de ver tem fim com a vida, o apetite de ser visto não acaba com a morte.”

“Conquistar a terra das três partes do mundo a nações estranhas foi empresa que os reis de Portugal conseguiram muito fácil e muito felizmente, mas repartir três palmos de terra em Portugal aos vassalos, com satisfação deles, foi impossível.”

“A mesma luz e a mesma candeia ao longe vê-se, ao perto alumeia.”

“Nenhum homem há que não dê pelo pão e ao pão todo o seu cuidado.”

“Para ver com uma candeia, não basta só que a candeia esteja acesa, é necessário também que a distância seja proporcionada.”

“Aquele a quem convém mais do que é lícito, sempre quer mais do que convém.”

“O que dá e tira os reinos do mundo é o direito das armas.”