Marquês de Maricá: Sempre

“A beneficência é sempre feliz e oportuna quando a prudência a dirige e recomenda.”

“O pródigo pode ser lastimado, mas o avarento é quase sempre aborrecido.”

“A opinião que domina é sempre intolerante, ainda quando se recomenda por muito liberal.”

“O orgulho pode parecer algumas vezes nobre e respeitável, a vaidade é sempre vulgar e desprezível.”

“A opinião pública é sempre respeitável, não pelo seu racionalismo, mas pela sua omnipotência muscular.”

“Nunca os louvores que damos são gratuitos; temos sempre em vista alguma retribuição por este sacrifício do nosso amor-próprio.”

“Capitulamos quase sempre com os nossos males, quando os não podemos evitar ou remover.”

“A imperfeição é a causa necessária da variedade nos indivíduos da mesma espécie. O perfeito é sempre idêntico e não admite diferenças por excesso ou por defeito.”

“Os velhos erram muitas vezes por demasiadamente prudentes, os moços quase sempre por temerários.”

“A dialética do interesse é quase sempre mais poderosa que a da razão e consciência.”

“Há sempre entre os homens uma sabedoria da moda, como um penteado, um calçado ou um vestuário.”

“A pobreza e a preguiça andam sempre em companhia.”

“Para bem julgar não basta sempre ver, é necessário olhar; nem basta ouvir, é conveniente escutar.”

“O trabalho involuntário ou forçado é quase sempre mal concebido e pior executado.”

“Os homens mais respeitados não são sempre os mais respeitáveis.”

“O nosso amor-próprio é tão exagerado nas suas pretensões, que não admira se quase sempre se acha frustrado nas suas esperanças.”

“O amor-próprio do tolo, quando se exalta, é sempre o mais escandaloso.”

“Os bons presumem sempre bem dos outros; os maus, pelo contrário, sempre mal; uns e outros dão o que têm.”

“Os bens de que gozamos exercem sempre menos a nossa razão do que os males que sofremos.”