Frases de Luiz Cristóvão dos Santos

Luís Cristóvão dos Santos foi um sociólogo, antropólogo, folclorista, cronista, escritor, promotor público e jornalista brasileiro. Também era conhecido pelos pseudônimos Ziul e Pajeú.

Estudou em Pesqueira e no Recife e concluiu o curso de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, em 1944. Funcionário Público Federal e Estadual, foi promotor de Justiça em diversas comarcas do sertão pernambucano. Fundou e Dirigiu o jornal Gazeta do Pajeú durante a década de 1950, Deputado Estadual pelo estado de Pernambuco na sigla UDN - União Democrática Nacional em 1947, também saiu candidato a vice-prefeito da cidade de Arcoverde em 1955 na chapa de Antônio Napoleão, participou ativamente na história cultural e política de Pernambuco, lutando por seus direitos e defendendo o Estado. Foi Chefe do Departamento Criminal do Estado de Pernambuco de 1976 a 1986. Devido a morte prematura de um filho, aposentou-se como advogado de ofício segundo a OAB, Ordem dos Advogados do Brasil.

Escritor desde adolescente, Luís Cristóvão dos Santos também foi jornalista , colaborador do Suplemento Cultural do Diário Oficial do estado de Pernambuco e em vários outros jornais do país, dentre muitos outros trabalhos publicados, contribuiu com muitos trabalhos na imprensa nacional e italiana. Wikipedia  

✵ 25. Dezembro 1916 – 30. Junho 1997
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Luiz Cristóvão dos Santos Frases famosas

“Se Vivaldi fosse brasileiro, certamente incluiria a percussão sertaneja em suas peças”

Sobre Barroco Nordestino, em ocasião a apresentação da Orquestra Armorial da Câmara de Pernambuco, na Basílica de Santo Antônio do Embaré, em Santos
Jornal A Tribuna do Estado de São Paulo - 2 de Dezembro de 1972

“Apareceu de repente nos grandes centros e venceu na metrópole, nesse encontro com outros Brasis”

sobre o Baião, expressão da música nordestina
Fundação Joaquim Nabuco http://www.fundaj.gov.br/docs/text/baiao.html

“É um homem do Pageú que agora conquista a casa de Carneiro Villela”

Jornal Diário de Pernambuco - Capa - 20 de abril de 1972

“Espigado, de falar macio e andar cauteloso de gato do mato, cujo nome varava o Sertão como uma legenda de bravura.”

Sobre Manuel Neto, Capitão do Esquadrão de Cavalaria de Pernambuco em 1940
Jornal do Commércio - 02 de Dezembro de 1982

Citações de homens de Luiz Cristóvão dos Santos

“A princípio o taumaturgo descreveu as delícias do céu, os querubins tocando harpa e uma nuvem de incenso vagando no azul, entre anjos e santos. A multidão ouvia em silêncio, maravilhada e boquiaberta. Então, de repente, o frade mudou. Sacudiu os braços e soltou a maldição terrível: - Homens sem Deus, mergulhados na lama do pecado. Amancebados! Mentirosos! Adúlteros! Arrependei-vos de vossos pecados! - E passou a descrever as torturas do inferno. Labaredas subiam, tochas ardendo, um relógio marcando: Sempre! Sempre! Nunca! Nunca! Que são as horas da Eternidade. E no meio da fornalha, o suplício do fumaceiro de enxofre sufocando tudo. Aí a multidão se abateu, lábias ciciavam. "Eu pecador, me confesso a Deus", almas tremendo de pavor, como corpos sacudidos de maleita. Junto de mim um matuto de Quitimbu tinha os olhos esgazeados. Cheguei mesmo a ver o suor lhe empastando a fronte morena. Uma velha traçou o xale com força, cobrindo a cabeça tôda, temendo a baforada do satanás. E ao meu lado um soldado desatou o lenço que trazia ao pescoço, como se a coisa lhe abafasse a respiração. E, voltando-se para um companheiro, avisou que ia tomar uma "bicada" pois o cheiro de enxofre estava lhe sufocando a garganta. Depois, Frei Damião baixou os braços, serenou a voz. Nunca, na minha vida, vi silêncio maior. A praça parada, o povo de lábios chumbados, os ohos fitos no frade (…) então o frade rezou. E a multidão respondeu, contrita e imóvel, como se, ao invés de milhares de vozes ali estivesse apenas uma só pessoa, postada diante do pregador famoso, na hora do juízo final, prestando contas ao Altíssimo.”

“A princípio o taumaturgo descreveu as delícias do céu, os querubins tocando harpa e uma nuvem de incenso vagando no azul, entre anjos e santos. A multidão ouvia em silêncio, maravilhada e boquiaberta. Então, de repente, o frade mudou. Sacudiu os braços e soltou a maldição terrível: - Homens sem Deus, mergulhados na lama do pecado. Amancebados! Mentirosos! Adúlteros! Arrependei-vos de vossos pecados!”

E passou a descrever as torturas do inferno. Labaredas subiam, tochas ardendo, um relógio marcando: Sempre! Sempre! Nunca! Nunca! Que são as horas da Eternidade. E no meio da fornalha, o suplício do fumaceiro de enxofre sufocando tudo. Aí a multidão se abateu, lábias ciciavam. "Eu pecador, me confesso a Deus", almas tremendo de pavor, como corpos sacudidos de maleita. Junto de mim um matuto de Quitimbu tinha os olhos esgazeados. Cheguei mesmo a ver o suor lhe empastando a fronte morena. Uma velha traçou o xale com força, cobrindo a cabeça tôda, temendo a baforada do satanás. E ao meu lado um soldado desatou o lenço que trazia ao pescoço, como se a coisa lhe abafasse a respiração. E, voltando-se para um companheiro, avisou que ia tomar uma "bicada" pois o cheiro de enxofre estava lhe sufocando a garganta. Depois, Frei Damião baixou os braços, serenou a voz. Nunca, na minha vida, vi silêncio maior. A praça parada, o povo de lábios chumbados, os ohos fitos no frade (...) então o frade rezou. E a multidão respondeu, contrita e imóvel, como se, ao invés de milhares de vozes ali estivesse apenas uma só pessoa, postada diante do pregador famoso, na hora do juízo final, prestando contas ao Altíssimo."
Sobre pregações de Frei Damião
Crônica do livro - Frei Damião - O Missionário dos Sertões (1953)