João Morgado: Citações em tendência (página 6)

“Hoje, quero apenas despir-te um beijo.”

“És o meu amor plural, porque te amei de muitas formas. Até da forma mais cruel, que é amar alguém na distância.”

“«O casamento transformara-se numa conversa de surdos com dois dedos em riste a sangrar os olhos; tornara-se uma conversa de surdos e de cegos. Amar por vezes não chega para duas pessoas que se amam, para duas linhas rectas, paralelas, distantes, rumo ao infinito.”

“Quem se dá com gente baixa, fica corcunda…!”

“Eu achava meu pai enorme, imenso. A porta de casa era pequena para um homem tão grande, dizia eu. Por isso, acreditava que ele entrava pela janela - não que fosse maior que a porta, mas, se pela janela entrava o céu, também podia entrar meu pai; para mim ele tinha a grandeza do céu imenso em claros dias de Verão.”

“Pesadelo, é quando o açúcar fica em pedra e em vez de um travo doce nos fere a língua.”

“Contigo aprendi a ser feliz no deserto, pois eras um oásis, mas nunca deixei de me sentir num deserto e nunca deixei de ter sede…”

“As mulheres só estão nuas quando lhes falta um abraço! Mas vestida de abraços toda a mulher é uma rainha! Faça dela uma rainha!”

“Ela não o fazia feliz mas era a sua imperfeita felicidade. Só o facto de existir a seu lado era uma alegria suspensa, como uma nuvem, sempre alimentando a esperança de o fazer feliz num dia de chuva.”

“Ficámos sentados no breu à espera que nos trouxessem de novo a felicidade perdida - como tantos outros que nos rodeiam, permanecemos vagabundos no lado errado do amor.”

“A saudade de alguém que se ama é um polígono de muitos lados, em que o nosso corpo se magoa constantemente nas arestas, e vive marcado de nódoas negras a que chamamos sombras da tristeza.”

“Amor é tudo o que ainda não foi dito e tudo o que nunca será dito, porque o amor não se diz. De todos os modos, por aquele tempo, eu era apenas um pássaro pequeno, se o amor se dissesse, eu não o saberia dizer - sabia apenas retribuir abraços quentes.”

“Gosto do cheiro dos livros agora que reaprendi a ler ao teu lado. E gosto do teu cheiro, agora que me sento mais perto de ti.”

“Neste quarto pequeno para um amor sem fim, é que dispo o teu corpo para o vestir de mim! É que rasgo o olhar no bico dos teus seios, é que dispo meu corpo de dores e receios!”

“Sexo e religião andaram sempre a par (…) Duas margens paralelas, sempre separadas, mas sempre com um leito de rio a uni-las – uma vez mais cheio, mais húmido, outras vezes mais seco. Mas o sexo andou sempre a olhar para a religião e a religião sempre a olhar para o sexo…”

“A mão desceu lentamente, escorregando por entre a pele aguada, abrindo o sulco do seu corpo. Fechou os olhos; queria ver o corpo apenas pelos seus dedos. Queria sentir cada poro inebriado da pele. Sentir aquele prazer que nunca sentira ou ousará perseguir dentro de si.”

“Acreditei que o beijo, enquanto linguagem universal, deveria conter todas as palavras que precisavam ser ditas. Beijei-o para não ter que falar.”

“Que idade tenho? Tenho a soma dos meus anos de vida. Mas quando estou feliz parece que tenho menos, quando estou triste parece que tenho mais. A minha idade depende do que estou a viver e de quem me acompanha no momento. Quantos anos achas que tenho eu, aqui e agora, contigo?”

“Não era feliz contigo. Mas nunca serei feliz sem ti.”