Cosme de Médici , dito o Velho foi um banqueiro e político do século XV, fundador da dinastia política dos Médici, tendo sido governante de Florença de 1429 a 1464.
Filho de João de Bicci de Médici, embrenhou-se na condução do Banco Médici, fundado pelo pai em 1397, que viria a se tornar uma das principais instituições bancárias da Europa.
Herdou a riqueza e a popularidade enorme do pai, mas sua própria generosidade fez com que estivesse sob suspeita.
Os chefes das corporações mais poderosas, especialmente os da família Albizzi, o acusaram de querer derrubar o governo e agir contra as famílias oligárquicas de Florença. Foi exilado em Pádua e Veneza em 1433. Em 1434 a nova Signoria, favorável a Cosme, o chamou de volta e deu-lhe o título de Pater Patriae. Verdadeiro fundador do poder da família, obteve o senhorio virtual da cidade a partir de 1434, quando expulsou os líderes da facção oligárquica dos Albizzi. Com isso encontrou caminho livre, embora tenha respeitado a forma antiga de governo e evitado medidas arbitrárias.
Através do controle das eleições, do sistema tributário e da criação de novas magistraturas, lançou as bases para o poder da família Médici, mesmo apenas formalmente respeitador das liberdades republicanas. Mantendo formas e instituições republicanas, baniu seus inimigos e oponentes e concentrou as principais magistraturas nas mãos de seus partidários.
Na política externa, rompeu com a República de Veneza e aliou-se a Francisco Sforza. Sua política externa se tornou tradicional nos Médici até à invasão francesa em 1494: queria estabelecer a balança de poder entre os cinco Estados da península, aliando Florença a Milão e Nápoles contra um entendimento Roma-Veneza. A República anexou o distrito de Casentino, tirado dos Visconti por meio da Paz de Gavriana em 1441.
Homem culto e mecenas, patrono imenso, sempre em companhia de literatos e humanistas, formou bibliotecas e mandou construir em Florença palácios e vilas, entre eles sobretudo o Palácio Médici e a Basílica de São Lourenço. Por meio de Marsílio Ficino, ajudou a fundar a famosa academia neo-platônica. Sinceramente religioso no fim da vida, associado a S. Antonino e aos frades dominicanos de S. Marco, sua igreja favorita. Sua biblioteca imensamente cara estava aberta a todos. Sob seu governo viveu-se a era de ouro dos Médici.
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27. Setembro 1389 – 1. Agosto 1464