Clarice Lispector: Citações em tendência (página 7)

“Por te falar eu te assustarei e te perderei? mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia.”

“Vocês não sabem nada de mim. Nunca te disse e nunca te direi quem sou. Eu sou vós mesmos.”

“Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas continuarei a escrever.”

“E quero aceitar minha liberdade sem pensar o que
muito acham: que existir é coisa de doido, caso de loucura. Porque parece. Existir não é lógico.”

“Eu sou um poema inacabado…”

“… se em um instante se nasce, e se morre em um instante, um instante é bastante para a vida inteira. In: A maçã no escuro”

“Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar. Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Receba em teus braços o meu pecado de pensar.”

“A desistência é uma revelação Desisto, e terei sido a pessoa humana -E só no pior da minha condição que esta É assumida como meu destino”

“A loucura é vizinha da mais cruel sensatez. Engulo a loucura porque ela me alucina calmamente.”

“O tempo não existe. O que chamamos de tempo é o movimento de evolução das coisas, mas o tempo em si não existe. Ou existe imutável e nele nos transladamos.”

“Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente”

“Eu escrevo para fazer existir e para existir-me. Desde criança procuro o sopro da palavra que dá vida aos sussurros.”

“Um pouco de aventura liberta a alma cativa do algoz cotidiano.”

“Mas chegará o instante em que me darás a mão, não mais por solidão, mas como eu agora: por amor.”

“Me abrace, que no abraço mais do que em palavras, as pessoas se gostam.”

“Romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer”

“Li o que havia escrito e de novo pensei: de que abismos violentos se alimenta a minha mais íntima intimidade, para que ela se negue a si mesma de tal forma e fuja para o domínio das idéias? Sinto em mim uma violência subterrânea, violência que só vem à tona no ato de escrever.”

“Desculpai-me mas vou continuar a falar de mim que sou meu desconhecido, e ao escrever me surpreendo um pouco pois descobri que tenho um destino. Quem já não se perguntou: sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?”

“Tenho o péssimo hábito de fugir de algumas coisas que amo.”