Clarice Lispector: Citações em tendência (página 21)

“O que eu sinto, eu não ajo. O que ajo, não penso. O que penso, não sinto. Do que sei, sou ignorante. Do que sinto, não ignoro. Não me entendo e ajo como se me entendesse”

“O que obviamente não presta sempre me interessou muito. Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno voo e cai sem graça no chão.”

“Tornava-se toda dramática e viver doía.”

“Porque se sendo gente eu consigo ir, por que haveria de perder essa capacidade ao me tornar mais gente?”

“Sinto a falta dele como se me faltasse um dente na frente: excruciante.”

“Quem muito agrada, desagrada.”

“Eu sou assim, quero tudo e quero agora! Uns chamam de mimada, mas eu prefiro decidida…”

“Ver as pessoas mudando não é o que machuca. O que machuca é lembrar quem elas costumavam ser.”

“Aliás, verdadeiramente, escrever não é quase sempre pintar com palavras?”

“Vou experimentar tudo o que possa, não quero me ausentar do mundo.”

“Eu quero a verdade que só me é dada através do seu oposto, de sua inverdade. E não aguento o cotidiano. Deve ser por isso que escrevo.”

“Muitas coisas você só tem se for autodidacta, se tiver a coragem de ser. Em outras, terá que saber e sentir a dois.”

“Eu sempre espero uma coisa nova de mim, eu sou um frisson de espera - algo está sempre vindo de mim ou fora de mim.”

“Chorou livremente como se esta fosse a solução.”

“O segredo destas flores fechadas é que exatamente no primeiro dia de primavera elas se abrem se dão ao mundo.”

“Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.”

“E quando acaricio a cabeça do meu cão, sei que ele não exige que eu faça sentido ou me explique.”

“Fico com medo. Mas o coração bate…”

“Minhas ideias são inventadas e eu não me responsabilizo por elas.”