Frases sobre corpo
Uma coleção de frases e citações sobre o tema da corpo.
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„Poema – Diário de um homem que nunca existiu
‘’ Como um sátiro
que dança ao
som dos meus gritos de misericórdia
exterminarei todos ao meu redor
Lentamente como as lágrimas
que caem dos meus olhos
sem piedade estriparei a todos
E até que a cólera da depressão
e o tormento da ansiedade
me transforme em um mártir
nenhum de vocês terão paz!
Declaro nestes versos
o suicídio de todos os homens!’’
Infância;
Ainda que em meus
primeiros anos de vida
eu já podia assistir o meu futuro em ruínas
Isolado nas sombras
fui corrompido por uma timidez
que rasgou o meu coração
e dilacerou a minha alma
Sem desistir busquei
refugio em templos sagrados
Mas fui obrigado a assistir
freiras e padres se enforcarem
em suas próprias tripas
com medo da dor
que viam em meus olhos
Adolescência;
Do sangue que escorria
dos meus pulsos
encontrei a rebeldia
para selar a minha dor
Com as minhas próprias mãos
enfrentei o mundo em nome da anarquia
Ainda que as lágrimas estivessem
em meus olhos
eram os meus pais quem sofria
Sufocado pela angustia de existir
me enforquei em meu próprio quarto
enquanto lúcifer gargalhava em silêncio
Vida adulta;
Com marcas em meu corpo
que fariam cristo chorar
sobrevivi a cada tentativa de suicídio
Ontem enterrei a minha mãe
no tumulo ao lado do meu pai
A solidão é minha última companhia
mas quando eu preciso dela
é a depressão que me acolhe
Vivendo como um verme
em meio as ovelhas
Caminho pelas ruas como um estranho
perdido em seu próprio inferno
Suicídio;
sentado em meio as baratas
observo fotografias antigas
que remetem a um passado sórdido
Quando eu ainda era um monstro
rasgando o ventre da minha mãe
Se a minha fé
fosse tão forte quanto
as minhas dores
Dobraria meus joelhos
e clamaria aos céus
para que devolvessem as asas de lúcifer
E beijando as patas do diabo
selaria um pacto de sangue
Me enforque no ventre da minha mãe
para que ela nunca mais precise sofrer de novo
- Gerson De Rodrigues“
— Gerson De Rodrigues 1995
Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

„Poema – Astaroth
‘’ Quando um homem
se entrega as feridas
que existem em sua alma
Um abismo se abre
em seu coração
e de lá nascem os mais perversos demônios
Uma vez que o primeiro
demônio se liberta
mata-se o homem
e nasce a besta… ‘’
Os suicidas caminham em horizontes
entre os sonhos da vida
e os desejos da morte
Através deste desfiladeiro
tenho em mim as angustias de um homem morto
Se algum dia eu chorei por amor,
foi porque me entreguei a este sentimento sórdido
até transformá-lo em repulsa
Constantemente me encaro nos espelhos da vida
e me arrependo por não ter enforcado aquela maldita criança
no útero da minha mãe
Poupando a mim mesmo da miséria dos deuses
e os homens dos meus sonhos infantis
Se eu estou calado em um canto escuro
com o destino selado por uma corda em meu pescoço
é porque se eu falar sobre os meus sentimentos
vou faze-los se matarem em meu lugar
Me entreguei a rebeldia de judas
cuspindo em mim mesmo
como um verme miserável
Ainda que eu ame os meus familiares
mais do que as estrelas amam as constelações
Me odeio de maneira tão intensa
que prefiro dar a eles um lindo funeral
com o meu corpo pregado em uma cruz
do que flores para me chamarem de Jesus
'' - Lembram-se quando vocês eram jovens
e cheios de sonhos?
e hoje são produtos da própria derrota;''
Fracassei até mesmo em amar
só me resta a vitória dos meus sonhos perdidos
em um mar de baratas e podridão
Em palavras inocentes
revelarei com plena honestidade
ainda que na epiderme imunda
de uma infância hostil
e claramente sem futuro
Fui feliz
sem saber que algum dia
desejaria ter enforcado aquela
criança inocente em frente ao espelho
Finalizo estes versos
com uma dor que não pode
ser descrita em Poesias, Filosofias
ou maldições
Mas vocês vão se lembrar de mim
quando lerem a carta de suicídio
que eu cravei em seus corações
- Gerson De Rodrigues“
— Gerson De Rodrigues 1995
Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

„O direito de propriedade do próprio corpo deve ser considerado justificado a priori, pois qualquer um que tentasse justificar qualquer norma já teria que pressupor o direito exclusivo de controlar seu corpo como uma norma válida simplesmente para dizer "Eu proponho tal em tal."“
— Hans-Hermann Hoppe 1949

„Poema – Gênesis 22:10
Ah…
se vocês pudessem ver
o mundo com os meus olhos
Crucificariam seus próprios filhos
para salvá-los de uma dor ainda maior
Se pudessem ler
os meus pensamentos
Enforcariam uns aos outros
como um ato de misericórdia
Mas eu jamais
os condenaria
a tamanho sofrimento
Não irei tirar dos cegos
o desejo de viver
Ou dos surdos
sua predileta sinfonia
Sofrerei em silencio
enquanto sujam os seus pés
com o meu sangue
Sofrerei tragédias terríveis
ainda que as minhas mãos
pintem as mais deslumbrantes paisagens
E destas paisagens
nascerão as mais odiosas lembranças
Fazendo com que os homens
lembrem-se do dia em que
crucificaram o meu pai
Transformando suas asas negras
em um batizado de sangue infernal
do qual vulgarmente chamaram de parto
Vocês viram em mim uma linda criança
ainda que escamas cobrissem
todo o meu corpo
Amaram-me como as rosas
dos campos mais floridos
Ainda que o veneno que corre
por todo o meu corpo
matassem todas as flores
Talvez eu seja um homem doente
um louco destes que
merecem ser jogados em qualquer asilo
trancado em quartos de chumbo
com remédios e camisas de força
- Por que não consigo
ver em mim
o amor que sentem
um pelos outros?
Com patas de bode
e escamas pelo meu corpo
rastejarei até o inferno
Procurando abrigo em uma
mente confusa
Na qual a depressão criou
ninhos de cobra;
Eu sou o monstro que eu vejo
no espelho?
Ou o amor que
sentem por mim?
Prometo…
que pouparei
todos vocês desta dor
que me consome
Não irei incomodá-los
com o meu sangue
ou com os meus gritos
Farei preces para que vivam bem
enquanto maldições corroem
a minha alma
E quando estiverem sobre
o meu tumulo
digam que eu fui um homem bom
Mesmo que eu nunca
tenha acreditado nisso…
- Gerson De Rodrigues“
— Gerson De Rodrigues 1995
Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

„Poema – Fluoxetina
‘’ Quando os padres
rogaram pelo meu nome
suas igrejas transformaram-se
em cinzas
Quando roguei pelos padres
transformei suas cinzas
em templos de dor’’
Existem mil versões de mim
aprisionadas dentro
da minha mente
Eu suplico para que a
minha parte boa vença essa guerra
Mas ela insiste em chorar
e dizer que não sou capaz
Aonde estão todos
os meus sonhos?
São estes restos
sufragados pelo meu medo?
Ascendam as luzes quando
vierem me visitar
Mas não se assustem
quando virem a escuridão
Eu choro lágrimas
que não pertencem
aos meus olhos
Olhando através
de quadros antigos
vejo uma criança solitária
Que nunca sentiu o amor
dos seus pais
Hoje eu vejo seus olhos
nos espelhos da vida
e peço perdão
Por não tê-la matado
quando tive a chance
Como um tolo acreditei
que eu poderia
fazê-los sorrir
Como um tolo acreditei
que eu poderia
fazer alguém feliz
Mas a felicidade
só existe na ausência
do meu corpo crucificado
em suas paredes
Ou das minhas fotografias
em seus álbuns de família
Sinto-me um ingrato
por não conseguir
retribuir o amor
Que todos vocês
deram por mim
Como um Deus
que foi sacrificado em vão
por aqueles que não conseguiram
retribuir o seu perdão
Hoje eu vejo aquela criança
perdida dentro
do meu subconsciente
Brincando com a sua inocência
e afogando na minha dor
Eu gostaria de sentar
ao seu lado e abraçá-la
Mas me conhecendo
sei que não vou conseguir senti-la
Então cairei de joelhos
e chorarei ao seu lado
Certa vez um homem sábio
me disse que eu nasci
para expressar a minha dor
Hoje eu sei que ele sempre
teve razão
Afinal
os tolos me chamam de Niilista
quando na verdade
eu sou apenas um homem quebrado
Se eu pudesse
daria a minha vida
para salvá-los da dor
Eu já sofro demais
vocês não merecem sofrer comigo
Prometo que trarei flores
aos mortos
quando o cavalo branco
vier me buscar…
- Gerson De Rodrigues“
— Gerson De Rodrigues 1995
Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

„Poema – Culpa
Rastejando como um verme
podre neste mundo hostil
fedendo a sangue e enxofre
Fui batizado com a saliva
do diabo e nomeado
pelos deuses
A criatura mais insignificante
deste mundo
Reúnam-se em coletivos
marchem em direção a
minha casa
Com a suas tochas
e símbolos da paz
Matem-me com violência
enquanto o meu corpo frio
debate-se em êxtase
pela dor infligida na minha alma
Arrastem o meu corpo
pelas ruas e justifiquem
tal ato com louvores e bênçãos
Caminharei
com os pés descalços
e mãos amarradas
Enquanto chicoteiam
as minhas costas
- Não tenham pena
deste homem imundo!
A dor que eu farei
senti-los se me deixarem viver
é muito maior do que
estas feridas
Eu sou a destruição deste mundo
a praga que tanto temem
em suas histórias bíblicas
A depressão já instaurada
na parte mais minuciosa
do seu intimo
As lágrimas que choram
sem saber porque
O sentimento de vazio!
a solidão que os assombra
todas as noites!
Sou o culpado por cada morte
cada ente querido enterrado
neste solo maldito
que agora alimentam os vermes
- Parem com essas orações
- Esses olhares de pena!
Continuem com as martirizações
atirem pedras em meu corpo nu
diante de suas catedrais
Acabar com a minha vida
significa viver mais um dia!
- Não querem voltar para
suas casas?
- Abraçar os seus filhos?
- Rezar para o seu Deus?
Se almejam tanto a felicidade
um sacrifício de sangue
será necessário
Diante de todos estes olhares
que me encaram
eu me declaro culpado
por suas dores
Crucifiquem-me
e atirem fogo em meu corpo
Para que nenhum milagre
caia sobre as minhas cinzas…
- Gerson De Rodrigues“
— Gerson De Rodrigues 1995
Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

„Poema – Sloniec
Nas auroras do tempo
muito antes dos homens
caminharem pela terra
Um arcanjo que odiava
todos os deuses
batia as suas asas na mais ríspida solidão
Certa vez,
enquanto vagava pelo universo
escutou os lamentos de um anjo;
Sloniec chorava,
e as suas lágrimas partiram
o seu coração
Aquele arcanjo de asas negras
que viveu toda a sua vida
atormentado pelas suas angustias
Comoveu-se com as lágrimas
daquele anjo
E ao perguntar porque
ela estava chorando
O anjo respondeu que havia
cometido o maior de todos os pecados
Ela havia se apaixonado pelo Arcanjo
enquanto observava ele vagando
em sua própria solidão
Assustado com o Amor
que nunca havia sentido
O Arcanjo bateu as suas asas
e isolou-se nos confins
de um buraco negro
Devido ao pecado de Amar
os deuses baniram a alma
daquele anjo
no corpo de uma criança humana
O Arcanjo enfurecido,
se rebelou
contra os deuses
E com as suas próprias mãos
derrubou os portões dos céus
Enforcando todos os deuses e arcanjos
em suas próprias tripas
fazendo das suas vísceras
poesias de sangue
E como um último ato
enquanto chorava olhando
as estrelas
Baniu a si mesmo
para o reino dos homens
Reencarnando
em um jovem Poeta;
Ele havia crescido sem lembrar
do seu passado
Mas durante toda a sua vida
afogava-se em lágrimas
que ele nunca soube
de onde vinham
Sloniec era a mais bela
humana que já havia caminhado pela terra
o seu sorriso era como a Lua e as Estrelas
lábios que nos beijam e nos levam a loucura
Mas o seu coração era triste
e o suicídio vagava ao seu lado;
Enquanto planejava se enforcar
em uma destas noites solitárias
O jovem poeta foi atraído
pela mais bela das sinfonias
Uma voz tão doce
que fariam flores nascer
em um coração suicida
Sem compreender
aquele nefasto sentimento
o jovem poeta jurou pelos deuses
que havia matado
Que iria amar e proteger
aquela garota
que fez suas asas
crescerem novamente…
- Gerson De Rodrigues“
— Gerson De Rodrigues 1995
Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

„Poema – Lúcifer
‘’ Enquanto os padres são
executados em praça pública
As freiras dançam
ao lado do diabo
Mas quem de fato
aproveitou a vida?
Os homens pedindo esmola
em frente as igrejas
Ou os padres enforcados
em crucifixos? ‘’
A depressão
que se alastra pelo meu corpo
faz de mim um santo
Preso em um paraíso
no qual todos os deuses
estão mortos
Enquanto eu me afogo
em sonhos
dos quais nunca irei realizar
Eu deveria dizer adeus
e com os pés descalços
e cheios de feridas
Caminhar sobre cacos de vidro
em busca do homem
que eu fui um dia
Eu deveria buscar
em cada um dos meus passos
sentido para esta depravação
que chamamos de vida
Mas o que seriam os sentidos?
Senão os motivos
pelos quais
não nos suicidamos;
Deveríamos aproveitar
cada segundo de nossas vidas
Transformando os dias
que sucedem o amanhã
em feriados que vangloriam
nosso próprio nome
Então rasguem suas bíblias
e transformem suas catedrais
em templos de orgia
Doem suas fortunas
aos pobres
Purifiquem suas almas
cometendo pecados
em seu próprio nome
Resgatem a criança que vive
em seu interior
e brinquem com o Diabo
Mas jamais
permitam que te apontem
os dedos sujos
e zombem da sua dor
Quando duvidarem
das suas angustias
mostrem a eles os seus
pulsos cheios de sangue
Se disserem que
somente o amor dos deuses
podem salvá-los
Mostrem a eles
sua coroa de espinhos
Louvores e bênçãos
serão rogadas em seu nome
Mas só vão compreender
suas dores
Quando encontrarem
seus corpos podres
dependurados na parte
mais elevado do seu quarto
Ah…
Os nossos quartos…
Somente estas paredes frias
conhecem nossas dores
Então até que a morte
grite mais alto
do que a vida
Dançarei ao lado
das freiras
canções antigas
compostas pelo Diabo
E em hipótese alguma
deixarei que zombem
da minha dor
Pois eu sou o homem
pedindo esmola
em frente as suas igrejas…
- Gerson De Rodrigues“
— Gerson De Rodrigues 1995
Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

„Poema – Cristo
‘’ - Eu sou um homem doente!
feridas nasceram na minha alma
e lágrimas de sangue
escorreram pelo meu rosto
Salvem-me da doença
de existir
atirem pedras
contra o meu corpo nu!’’
Como vocês conseguem viver!?
sabendo que somos todos doentes
Não deveríamos!?
matar uns aos outros
E proclamar mentiras
para nos proteger das angustias
Deveríamos todos estar apavorados
estarrecidos!
como nômades presos em um vendaval
- Como vocês conseguem viver?
sabendo que são escravos e senhores
da sua própria condenação divina
- Não ouviram os boatos?
daquele homem louco
que enforcou os seus quatro filhos
para salvá-los da dor
- Não estão escutando?
essas vozes em suas cabeças
dizendo que somos todos miseráveis
Afastem de mim!
o seu Niilismo
ou a sua vã filosofia
Já não me importam
os Deuses ou os homens
Afastem de mim as ciências
e as respostas da vida
Ainda que me oferecessem
o universo e as estrelas
eu não demonstraria um só sorriso
Suicídio!?
O que eu faria com
uma corda em meu pescoço?
Que vocês já não
me tenham feito em vida
Como vocês conseguem sorrir!?
sendo que há crianças mortas
caminhando ao seu lado
Como vocês conseguem rezar!?
sendo que o seu Deus
as assistiu morrendo de fome
Por favor!
não dobrem os seus joelhos!
Não estão vendo!?
que os mortos fizeram o mesmo
Tirem suas mãos de mim!
eu juro que não estou louco
O homem preso naquela cruz
partiu rumo a um universo
Aonde os homens
não dobram os seus joelhos
para genocidas e fanáticos!
Como assim?
vocês conseguem senti-lo
em seus corações
Não estariam vocês
dobrando os joelhos
para falsos profetas?
Tirem de mim
essas camisas de força
E matem!
ordeno que matem!
aquele homem queimando
as florestas e matando os animais
Como assim!?
ele é o seu líder…
Afastem de mim…
estes medicamentos (…)
Prometo que não
direi aos Deuses
Que os seus filhos
tornaram-se escravos…
- Gerson De Rodrigues“
— Gerson De Rodrigues 1995
Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

„Poema – Depressão
Estive ao seu lado em suas
noites de insônia
E quando você se sentiu sozinho
e clamou aos deuses
quem atendeu suas preces fui eu
Caminhei ao seu lado
durante noites infernais
Mas ao contrário da sua sombra
eu não te abandonei na escuridão
Roubei a sua alma
e conquistei a sua fé
Sou o seu novo Deus
você queira ou não
Fiz ateus dobrarem os joelhos
e cristãos clamarem pelo diabo
Dancei na frente de judas
quando ele se arrependeu
pelos seus pecados
Tomei o sangue dos seus pulsos
quando você o dilacerou pela
última vez
Eu sou o monstro que
te impede de viver
A voz presa em sua garganta
querendo fugir desta prisão
A timidez rasgando suas vísceras
quando olhos de julgamento
te encaram em publico
Eu sou a insegurança
que faz você odiar o seu corpo
Transformo os seus sonhos
em pesadelos terríveis
que fariam de mim
o seu melhor amigo
Eu sou a corda
esmagando o seu pescoço
enquanto você se debate em agonia
Eu sou os olhares de pena
quando colocarem em você
camisas de força
O seu único companheiro
quando os remédios
não fizerem efeito
Te contarei piadas infames
que transformarão suas risadas
em gritos de dor
E quando tentarem falar de mim
para alguém
Farei da sua insegurança
um ninho de incertezas
até que a morte seja sua única amiga
Você irá implorar para que
eu te deixe em paz
Gritará pelas ruas para que
tirem a sua vida
como um ato de misericórdia
Farei com que todos aqueles
que te amam
se afastem e o deixem no limbo
E quando na mais negra escuridão
você se encontrar
tirarei também as suas esperanças
Pelas asas podres
de Ba‘al
o rei das moscas e das pestilências
Direi o meu nome em segredo…
Eu sou aquele
diante do espelho!
- Gerson De Rodrigues“
— Gerson De Rodrigues 1995
Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

„Viajar muda você. Enquanto você se move através desta vida e deste mundo, você muda as coisas ligeiramente, deixa marcas para trás, por menores que sejam. E, em troca, a vida - e as viagens - deixam marcas em você. Na maioria das vezes, essas marcas - no seu corpo ou no seu coração - são lindas. Muitas vezes, porém, eles doem.“
— Anthony Bourdain 1956